FÉRIAS ESCOLARES: COMO AS EMPRESAS PODEM APOIAR COLABORADORES QUE SÃO MÃES E PAIS DURANTE O MÊS DE JULHO
O mês de julho, marcado pelas férias escolares, é um período desafiador para muitas famílias que precisam equilibrar o trabalho com as exigências da parentalidade.
Afinal, administrar carreira, objetivos profissionais e a rotina intensa de cuidar dos filhos não é tarefa simples.
Diante de tantas responsabilidades, muitos pais e mães acabam sobrecarregados: um estudo da Universidade Estadual de Ohio revelou que pais que trabalham têm chance significativamente maior de desenvolver burnout em comparação com aqueles que não estão no mercado de trabalho.
E os impactos não param na vida pessoal - o esgotamento pode refletir diretamente no ambiente corporativo, levando à queda na produtividade, aumento do absenteísmo e até à rotatividade de profissionais.
Portanto, cultivar uma cultura organizacional que reconheça e valorize os desafios da parentalidade faz toda a diferença. Ambientes empáticos e flexíveis ajudam os colaboradores a se sentirem acolhidos e a permanecerem engajados.
“Quando a organização reconhece que seus profissionais também exercem papéis importantes fora do trabalho, como pais e mães, ela cria um ambiente de confiança e pertencimento. Esse apoio se traduz em produtividade e comprometimento”, destaca Aliesh Costa, CEO da Carpediem RH.
As políticas de apoio à parentalidade vão muito além de um diferencial competitivo. Esta é uma estratégia que promove engajamento, bem-estar e retenção de talentos.
“Muitas vezes, pequenos ajustes na rotina corporativa têm um impacto enorme na vida das pessoas”, afirma Aliesh. “Empresas que cultivam essa sensibilidade mostram que compreendem o que significa ser humano dentro e fora do trabalho”, conclui.
A especialista lista, a seguir, quatro iniciativas que as organizações podem implementar para apoiar pais trabalhadores durante a temporada de férias escolares:
1) Ofereça a opção de trabalho remoto: esta é uma alternativa muito atraente para pais que trabalham. “O trabalho home office neste período ajuda a aliviar a pressão sobre as famílias, que enfrentam desafios extras nas férias, como a necessidade de supervisionar os filhos em casa ou reorganizar a rotina sem o apoio da escola”, diz Aliesh.
“Além disso, a modalidade permite maior flexibilidade para encaixar compromissos profissionais e cuidados com as crianças, reduzindo o estresse e sobrecarga dos pais”, conclui.
2) Estimule a cultura de diálogo, empatia e compreensão: mais do que políticas formais, é essencial ter líderes sensíveis às realidades dos pais. Cultivar uma comunicação aberta e transparente ajuda a evitar constrangimentos quando surgem imprevistos, como uma criança doente ou problemas com a programação de férias.
“As empresas precisam normalizar as conversas sobre parentalidade no ambiente de trabalho. Isso cria segurança psicológica e fortalece o vínculo entre gestores e equipes”, afirma Aliesh.
3) Crie programas ou benefícios voltados para atividades infantis: algumas empresas oferecem subsídios para colônias de férias, descontos em clubes ou até espaços de recreação temporários para filhos dos colaboradores. “Essas ações aliviam custos e preocupações dos pais, já que atividades recreativas nas férias podem ser onerosas”, comenta Aliesh.
4) Estabeleça canais de apoio psicológico: esta é uma forma concreta de oferecer acolhimento diante dos desafios diários da parentalidade, que incluem desde a conciliação entre trabalho e família até o enfrentamento de situações de estresse e ansiedade.
“Além de promover saúde mental, esses canais ajudam a prevenir o burnout, que é um problema crescente e pode impactar diretamente a produtividade, o clima organizacional e a retenção de talentos”, diz Aliesh.
“Pais e mães enfrentam demandas múltiplas que muitas vezes geram sobrecarga emocional. Ter um espaço seguro para falar, receber orientação e apoio psicológico é essencial para que eles se sintam valorizados e apoiados pela empresa”, conclui.
Sobre a Carpediem RH: sob o comando da CEO Aliesh Costa e do CFO Marcelo Farias, a Carpediem é uma das maiores empresas de RH do país. Em seu DNA, está o atendimento altamente humanizado, baseado nos pilares da empatia e acolhimento, para transformar vidas através do trabalho.
Há treze anos a consultoria oferece as melhores soluções em RH, sendo pioneira no processo 100% digital, além de atuar diretamente na área de desenvolvimento humano e profissional. A empresa tem unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Guarulhos.
Em 2023, foi a grande vencedora da categoria “Consultoria de RH” do tradicional prêmio Top of Mind de RH. No mesmo ano, conquistou a certificação Great Place to Work®, concedida pela consultoria global GPTW, referência na avaliação das melhores empresas para se trabalhar em todo o mundo.
Entre os principais serviços oferecidos estão recrutamento e seleção; gestão de colaboradores temporários, terceirizados, intermitentes e CLT (efetivos); pesquisa de clima e diagnóstico organizacional; avaliação psicológica e de desempenho; processo de integração; desenvolvimento de plano de cargos e salários; recrutamento e seleção de pessoas com deficiência (PCD’s); desenvolvimento e implementação de programas de diversidade e inclusão (D&I); treinamentos nas áreas de carreiras e empreendedorismo; executive search; coaching; hunting e implantação de Recursos Humanos. Saiba mais em:
https://www.carpediemconsultoria.com/ Instagram: @consultoriacarpediem.
Caroline Fakhouri/ Beatriz Marques Dias
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Fonte: Informações para a imprensa: Key Press Comunicação
PESQUISA MOSTRA DISPARIDADE DE EFEITOS DO TRABALHO NA SAÚDE MENTAL
Divisão reforça papel crucial das lideranças e do desenho organizacional em promover ambientes mais saudáveis e inclusivos
Adriana De Luca, da CNN, em São Paulo02/07/25 às 17:38 | Atualizado 02/07/25 às 17:38
A relação entre o ambiente de trabalho e a saúde mental dos funcionários está mais evidente do que nunca.
Um levantamento recente da Inmar Intelligence, empresa de tecnologia e dados, entrevistou mil trabalhadores nos Estados Unidos e revelou o seguinte: 34% afirmam que o trabalho impacta positivamente sua saúde mental, enquanto 33% relatam efeitos negativos.
A conclusão dos pesquisadores é de que essa disparidade de percepções reforça o papel crucial das lideranças e do desenho organizacional em promover ambientes mais saudáveis e inclusivos.
“Os dados confirmam que saúde mental e condições de trabalho estão profundamente interligados”, destacou a Inmar, que recomenda que as companhias melhorem a comunicação e a clareza nas funções. Além disso, o suporte da liderança é um dos caminhos para mudanças efetivas em ambientes de trabalho.
A pesquisa apontou que os principais fatores positivos no ambiente de trabalho são: segurança no emprego (45%), carga de trabalho razoável (40%), gestão acolhedora (40%), opções de trabalho flexível (39%) e cultura organizacional saudável (38%).
Em contrapartida, os principais fatores negativos incluem: comunicação ineficaz (32%), excesso de trabalho ou demandas pouco claras (30%), cultura tóxica ou estressante (29%), falta de reconhecimento (25%) e gestão não solidária (24%).
Ambientes de apoio aumentam produtividade
Na mesma linha, um estudo da Simon Fraser University mostrou que funcionários têm 55% mais probabilidade de compartilhar problemas de saúde mental quando percebem um ambiente acolhedor.
Já a falta de abertura sobre esses temas está relacionada a maiores níveis de ansiedade, absenteísmo e queda de desempenho.
“Ambientes com apoio emocional não só promovem bem-estar, mas também garantem maior engajamento e retenção de talentos”, destaca o relatório.
Corroborando essa tendência, a Universidade de Iowa encontrou indícios de que licenças remuneradas podem reduzir taxas de suicídio, quando implementadas de forma estruturada.
Empresas começam a agir globalmente
Apesar dos desafios econômicos, muitas organizações já dão passos concretos para o fim de uma cultura tóxica.
Um levantamento do Business Group on Health revelou que 93% dos 131 empregadores globais entrevistados pretendem manter ou ampliar suas ofertas de bem-estar em 2025, com quase metade dando prioridade absoluta à saúde mental.
Entre as iniciativas mais frequentes estão programas de assistência aos funcionários, gestão de stress, treinamentos em resiliência e práticas de
mindfulness.
No Brasil
Nos últimos tempos, a discussão sobre o bem-estar no ambiente corporativo ganhou destaque também no Brasil, impulsionada por mudanças importantes na legislação trabalhista.
Um dos marcos é o
Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, iniciativa do governo federal que reconhece organizações comprometidas com práticas voltadas à saúde mental dos seus colaboradores.
Para obter o selo, as empresas precisam cumprir uma série de exigências, como oferecer apoio psicológico e psiquiátrico, promover campanhas de conscientização e garantir transparência nas suas ações internas.
Outra medida relevante é a
revisão da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A partir de 2026, a norma passará a incluir os riscos psicossociais no escopo do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, o que representa um avanço significativo na proteção da saúde mental dos trabalhadores.
Originalmente prevista para entrar em vigor em 2025, essa atualização foi adiada para dar mais tempo às empresas se adaptarem aos novos requisitos. Ainda assim, o primeiro ano de vigência terá caráter educativo, com foco em esclarecimento e orientação, em vez de de punição.
Para Alex Araújo, CEO da 4LifePrime, empresa especializada em saúde ocupacional, para que essas ações realmente gerem impactos positivos e sustentáveis, ''é fundamental que as empresas comecem pelo mapeamento dos riscos psicossociais".
"Esse diagnóstico permite identificar as principais carências internas e, a partir disso, desenvolver estratégias eficazes e personalizadas para transformar o ambiente organizacional e promover o bem-estar dos colaboradores'', explica.
Fonte: Interioriza
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