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INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL resulta em edificações mais sustentáveis

18 de novembro de 2016
INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL resulta em edificações mais sustentáveis

Seis empresas catarinenses apresentaram práticas do setor durante o segundo Seminário de Inovação e Tecnologia na Construção Civil promovido pela FIESC

Florianópolis, 17.11.2016 – Edificações mais sustentáveis, com redução de custos e otimização do tempo, estão entre os principais ganhos com inovação na construção civil. O tema foi abordado nesta quinta-feira (17) no segundo Seminário de Inovação e Tecnologia na Construção Civil. O evento foi realizado pela FIESC, em Florianópolis, por meio da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção. Seis indústrias catarinenses relataram práticas desenvolvidas para elevar a eficiência dos seus produtos.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, destacou que Santa Catarina ocupa a quinta posição no País em número de estabelecimentos na construção civil e reponde por 6% da produção de riquezas do Estado. “Nosso entendimento é que pela expressividade do setor deveríamos avançar no país em termos de políticas públicas mais claras para estimular a atividade, cuja redução em períodos de crise é fortemente sentida pela baixa atividade do setor e também pela redução do nível de emprego, que está acontecendo, inclusive, em Santa Catarina.

O segmento vem sentindo muito os efeitos dessa crise”, destaca Côrte. “Acompanhamos o setor e sabemos que ele está empenhado na melhoria da qualificação e da produtividade e na busca de inovação por meio de novas tecnologias. O setor acompanha, sobretudo, em Santa Catarina, muito de perto o que está acontecendo no mundo, alinhado às tendências mundiais em automação de processos, novos materiais e sustentabilidade”, completa.

“Esse seminário chega num momento muito oportuno. É a prova de que não há crise mau tempo ou tempestade que tire o foco das pessoas que nasceram com um diferencial e que dedicam suas vidas a transformar a realidade seja através da geração de empregos em suas empresas ou criando algum sistema que revolucione a cadeia produtiva”, afirmou João Formento, presidente da Câmara.

Ele destacou a atuação da Câmara para aumentar a representatividade em fóruns de discussão do setor nos ambientes estadual e federal, e citou como exemplos a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a ABNT e o Ministério das Cidades. “A Câmara tem estado presente em todos os setores que afetam diretamente a construção civil. Esse avanço no campo institucional auxilia o setor no aumento da capacidade de gestão e para melhorar os processos de tomada de decisão”, afirmou.

A Termotécnica, de Joinville, apresentou o sistema construtivo monoforte, que utiliza painéis produzidos em poliestireno expandido (EPS) e malha de aço – que substituem a alvenaria convencional. O sistema otimiza o processo construtivo ao reduzir em até 20% o valor do m² construído em relação à alvenaria convencional, a partir de benefícios como a agilidade em cerca de 40% no tempo de execução. Cinco mil toneladas de EPS são recicladas por ano pela empresa.

Entre os diferenciais do sistema estão a baixa produção de resíduos, que pode ser 95% menor do que na alvenaria convencional, e obra mais limpa. Pedro Scatena, falou sobre o projeto. Saiba mais sobre o projeto em www.sistemamonoforte.com.br

Criada em Lages, pela Ekomposit, a madeira ‘engenheirada’ a partir de lâminas e compósitos tem o objetivo de maximizar o desempenho da matéria-prima, reduzindo pontos negativos e potencializando os benefícios. Empenamento, torção, rachadura, cupim são alguns dos problemas eliminados com o beneficiamento do pinus nesse processo criado pela Ekomposit. “Além de solucionar problemas comuns às madeiras, é uma alternativa às madeiras da Amazônia, que enfrentam uma série de restrições para uso”, relata Sergio Martini, diretor-presidente da empresa. Ele destaca ainda que a madeira engenheirada é uma opção à carência de alternativas enfrentadas pelo setor.

Conheça outras iniciativas do setor:

Tecnofibras – O coordenador de engenharia da Tecnofibras, de Joinville, Ariosvaldo Vieira, apresentou o sistema SMC (Sheet Molding Compoud) para produção de portas, caixilhos e decks. O projeto prevê a moldagem por compressão a quente com liberdade para design das peças e garantia de resistência contínua. Entre os principais benefícios estão o menor custo, mais leveza e resistência mecânica, não é corrosivo, maior flexibilidade, suporta pintura em alta temperatura e tem estabilidade dimensional. Diferente das portas tradicionais, as produzidas por meio do sistema SMC podem ser utilizadas em ambientes externos.

Ciser – A Ciser, de Joinville, apresentou solução de revestimento nanocerâmico para atender normas técnicas do setor em relação à resistência à corrosão de dispositivos de fixação. São partículas com tamanho inferior a um bilionésimo de metro chamadas de top coats e selantes, aplicadas sobre as peças metálicas após o processo de galvanização. Entre as vantagens do tratamento aplicado às peças estão a tecnologia compatível com processos posteriores, custos competitivos e a estabilidade térmica.

Sandritec Tecnologia – A Sandritec Tecnologia, de Rio do Sul, apresentou o Sistema Pulsar, que consiste em soluções para otimização de combustíveis, rotor eólico para geração de energia e aquecimento de água para residências. O projeto eólico atende normativas da ANEEL e se adapta às edificações.

O rotor eólico possui máquinas com capacidade para gerar de 4 a 10 KMh, os equipamentos são silenciosos, discretos e ocupam um espaço 75% menor se comparado com a geração solar, utilizando de 50% a 100% da capacidade instalada. Além disso, reduz em até 90% a fatura de energia dos consumidores finais. Já no aquecedor indutivo, o aquecimento se dá por passagem ou boiler, e se mostra 70% mais econômico se comparado ao sistema por resistência e 40% se comparado ao sistema a gás. Ele pode ser integrado a sistemas eólicos ou fotovoltaicos.

Vitaciclo S/A – A reciclagem de resíduos da construção civil é o foco da prática apresentada pela Vitaciclo, de Gaspar. As catástrofes de 2008 geraram resíduos e instigaram a criação da empresa que, em 2009, deu destino a quase 80 mil metros cúbicos de resíduos sólidos da construção civil. Segundo estudos da empresa, até 87% dos resíduos sólidos reciclados voltam para a cadeia produtiva do setor. A empresa já investiu R$ 5,2 milhões em máquinas e equipamentos, edificações e aquisição de terrenos. Aproximadamente 20 mil metros cúbicos de resíduos são processados mensalmente pela empresa.

Ainda no encontro, o Instituto SENAI de Tecnologia em Materiais abordou a avaliação e desenvolvimento de novos materiais para a cadeia produtiva da construção civil. O SESI apresentou soluções em segurança e saúde no trabalho voltadas para o setor, entre elas, o sistema de guarda-corpo desenvolvido pela entidade.

Fonte: FIESC

 
 


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