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ECONOMIA NÃO SE RECUPERARÁ sem medidas de aumento da competitividade

10 de março de 2015
ECONOMIA NÃO SE RECUPERARÁ sem medidas de aumento da competitividade

Presidente da FIESC, Glauco José Côrte, participou de encontro na CNI no qual a indústria defendeu que, além do ajuste nas contas públicas, é necessário ataque frontal à perda de competitividade

São Paulo, 06.03.2015 – A recuperação da economia brasileira exige a adoção imediata de medidas em prol da competitividade, que melhorem o ambiente de negócios e estimulem a retomada dos investimentos. A sobrevivência da indústria está ameaçada.

Com esse intuito, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as 43 lideranças empresariais reunidas no Fórum Nacional da Indústria (FNI) recomendam que, associado ao necessário ajuste das contas públicas, sejam aplicadas medidas da agenda da competitividade compatíveis com o ajuste, como redução da burocracia, eliminação da cumulatividade e simplificação de tributos, ampliação do programa de concessões e uma política ativa de apoio às exportações.

Caminhar na agenda da competitividade é especialmente importante nesse momento de impactos negativos da política macroeconômica e de aumento dos custos para a sociedade como um todo.

Reunidos no Fórum Nacional da Indústria, nessa sexta-feira (06) para discutir o cenário político e econômico, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, e outros presidentes de associações setoriais e federações da indústria expressaram ao ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, presente no encontro, extrema preocupação com as perspectivas de recessão na economia e seus reflexos sobre o investimento e o nível de emprego.

Para o Fórum, o ajuste fiscal não pode prescindir de ações articuladas que concorram para a retomada do crescimento da indústria e da economia. Sem isso, a recuperação da credibilidade e dinamismo da economia pode ser comprometida.

As medidas defendidas pela indústria visam a estimular a competitividade e garantir a sobrevivência das empresas. O ataque ao excesso de burocracia é uma medida indissociável da agenda de competitividade. Igualmente importante é a modernização das relações do trabalho, condição necessária para elevar a produtividade e garantir o crescimento da economia. A regulação do trabalho deve considerar a sustentabilidade empresarial, a geração de emprego e renda e a proteção ao trabalhador.

Investimentos – A eliminação do déficit histórico da infraestrutura é outro desafio a ser superado para a retomada do crescimento da indústria e da economia. Sem oferta e capacidade adequadas nas malhas de transportes e serviços de logística, o país voltará a sofrer com as limitações de suas estradas, rodovias, ferrovias e portos, impondo ao produto nacional custos adicionais que minam sua capacidade de competir no mercado internacional.

Tal objetivo não será alcançado sem a participação do setor privado, sobretudo no momento atual de restrição fiscal. A ampliação do pacote de concessões, com aumento da participação da iniciativa privada na execução de projetos e gestão da infraestrutura de transportes é, na visão da CNI e dos membros do Fórum, o melhor caminho para atingir esse objetivo. A clareza e previsibilidade de regras no modelo de concessão, no entanto, são fatores determinantes para as empresas para a tomada de decisão de investir, ou não, em um país.

Ajuste fiscal – O Fórum Nacional da Indústria reconhece que as medidas de ajuste fiscal são necessárias para garantir condições de crescimento de longo prazo, mas critica os efeitos de algumas das iniciativas sobre a competitividade das empresas. As mudanças no Reintegra e na elevação da alíquota da contribuição patronal alteram regras que orientavam a operação das empresas e que atenuavam os problemas de competitividade.

A decisão faz com que o Brasil continue a ser um dos poucos países do mundo que exportam tributos e faz reincidir um custo que vinha trazendo alívio para o setor produtivo. Nessa mesma direção, o Fórum reiterou a importância do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) para a manutenção da capacidade produtiva do Brasil.

O ajuste fiscal não pode ser feito por meio do aumento da carga tributária. O Brasil já tem uma das mais altas cargas tributárias do mundo. Adicione-se a isso o aumento dos juros e do custo com energia. É imperativo avançar na redução do Custo Brasil.

A agenda deve colocar como objetivo a superação das restrições à competitividade das empresas, que vêm se acumulando ao longo dos anos. Caso isso não aconteça, ainda que as condições fiscais estejam reequilibradas, a retomada do crescimento será prejudicada. A CNI e as lideranças industriais se articulam para levar propostas aos Poderes Legislativo e Executivo.

Fonte: FIESC

 
 


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