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SENAI oferece Consultoria em LEAN MANUFACTURING para Indústrias de pequeno porte

03 de maio de 2016
SENAI oferece Consultoria em LEAN MANUFACTURING para Indústrias de pequeno porte

Subsidiado, programa atenderá indústrias de 11 a 200 empregados. Iniciativa contribuirá para reverter baixa produtividade brasileira, revelada em estudo da FIESC.

Florianópolis, 29.4.2011 – O SENAI/SC, entidade da FIESC, está oferecendo consultorias de baixo custo para 280 indústrias que possuam de 11 a 200 funcionários, nos setores moveleiro (60 empresas), metalmecânico (120), calçados (40) e alimentos e bebidas (60). Trata-se de um programa de intervenções rápidas, de baixo custo, com o objetivo de obter ganhos expressivos de produtividade por meio de técnicas de manufatura enxuta. A iniciativa integra o Programa Brasil Mais Produtivo, desenvolvido em parceria entre o SENAI Nacional e a CNI. Em todo o país, o atendimento deve beneficiar três mil indústrias.

A iniciativa surgiu em proposta do Conselho de Política Industrial da CNI (Copin) e deve ser ampliada após a primeira fase. “A meta é atingir 30 mil empresas no Brasil”, revelou Glauco José Côrte, presidente da FIESC e do Copin.

Apresentado na reunião de diretoria da FIESC nesta sexta-feira (29), o programa consiste em 36 horas de consultoria, com foco na identificação e quantificação dos desperdícios no processo produtivo, utilizando ferramentas simples e de fácil assimilação. Ao término, as empresas terão em mãos um método para identificar, priorizar e quantificar os desperdícios, ferramentas para quantificação de custos e propostas de melhoria para a redução dos desperdícios.

O programa tem mais de 80% do seu custo subsidiado pelo SENAI. Assim, cada empresa beneficiada desembolsa R$ 3 mil, de um total de R$ 18 mil, que é o valor orçado para cada consultoria. No projeto piloto, realizado em Blumenau, a empresa Vedax obteve propostas de melhoria com projeção de ganho dez vezes superior ao valor investido.

FIESC realiza estudo sobre produtividade

A iniciativa pode contribuir para reverter a baixa produtividade brasileira, que foi tema de um estudo Observatório da Indústria, da FIESC, e que, igualmente, foi apresentado na reunião de diretoria da entidade. Entre as conclusões da pesquisa, está a de a que a eficiência da indústria brasileira corresponde a 31% da registrada pelo parque fabril norte-americano. Além disso, constatou o estudo, a produtividade de um trabalhador brasileiro equivale a 24,1% da do norte-americano, 32,4% do alemão, 40,4% do sul coreano e a 119,5% do chinês.

Em sua apresentação, Sidnei Rodrigues, coordenador do Observatório, ressaltou deficiências que o País apresenta nos fatores que contribuem para a produtividade. Segundo ele, os aspectos preponderantes são o capital humano (representado pela educação e pela qualificação profissional) e a inovação. Em ambos, o Brasil apresenta sérias deficiências.

Citou por exemplo, que o País está na 93ª colocação entre 144 países no quesito educação superior e treinamento, assim como reduziu sua colocação no Programa Internacional de Avaliação de estudantes (PISA, na sigla em inglês), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2000 para 2012.

Outros fatores que contribuem para a baixa produtividade e nos quais o País também apresenta dificuldades são infraestrutura e credibilidade das instituições. Entre as 144 nações estudadas em pesquisa do Global Competitiveness Index (GCI), o Brasil ocupa a 123ª colocação em infraestrutura geral e a 121ª em qualidade rodoviária, que é o principal modal de transporte local. No quesito ética nos negócios, o Brasil caiu da 82ª colocação em 2006-2007 para 121º em 2015.

Mesmo em aspectos de gestão industrial, a economia brasileira apresenta carências. Por exemplo, em número de empresas que adotam ferramentas como a lean manucfacturing (produção enxuta), o país alcança uma nota intermediária 2,7, num ranking em que a menor pontuação, de Moçambique, é de 2,1 e a maior, dos Estados Unidos, é de 3,3. “Entre os 2,7 do Brasil e os 3,3 dos Estados Unidos, existem mais de 70 países”, afirmou Rodrigues.

Outro fator que revela o baixo índice da produtividade brasileira, é o perfil do setor de serviços. Enquanto que em países como os Estados Unidos, este segmento se concentra em prestação de serviços para a indústria, no Brasil é focado em serviços ao consumidor. Outra constatação é a baixa eficiência das indústrias de pequeno e médio porte.

Na comparação com as grandes indústrias, no Brasil as pequenas empresas apresentam taxa de produtividade correspondente a 27% e as micro, de 17%. Na Alemanha, essa relação é, respectivamente, de 70% e 67%. “Mas a micro e a pequena são quase 89% da economia”, ressaltou, lembrando que, tanto no Brasil quanto na Alemanha, o número de empresas de micro e pequeno porte representam 97% do total de estabelecimentos.

Fonte: FIESC

 
 


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