1.  
  2.  
  3.  
  4.  
  5.  
  6.  
  7.  
  8.  
  9.  
  10.  
  11.  
  12.  
  13.  
  14.  
  15.  
  16.  
  17.  
  18.  
  19.  
  20.  

FIESC PREPARA AGENDA DE MELHORIA da Produtividade da Indústria de SC

29 de março de 2016
FIESC PREPARA AGENDA DE MELHORIA da Produtividade da Indústria de SC

Ações prioritárias serão definidas pelo Conselho Estratégico da entidade, que também conheceu estudo sobre o tema, durante reunião, nesta segunda-feira (28).

Florianópolis, 28.3.2016 – Os integrantes do Conselho Estratégico da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) definirão cerca de 30 ações prioritárias que integrarão a Agenda para a Melhoria da Produtividade em Santa Catarina, que a entidade lançará nos próximos meses.

Durante reunião nesta segunda-feira (28), em Florianópolis, o Conselho definiu que as prioridades estejam associadas a quatro diretrizes: educação, inovação, infraestrutura e meio ambiente. A identificação das ações prioritárias será feita entre 200 propostas, elencadas a partir de eventos da FIESC, como as rotas estratégicas do Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC 2022), Carta da Indústria e as reuniões das câmaras setoriais e temáticas da Federação.

O presidente da entidade, Glauco José Côrte, ressaltou a importância dos investimentos em educação para a melhoria da produtividade da economia brasileira. “A primeira medida a adotar é melhorar o nível de escolaridade do nosso trabalhador.

Quando comparamos o nível de escolaridade do brasileiro, sobretudo do setor industrial, verificamos que está abaixo da média dos demais países”, afirmou. Ele observa que a adoção de novas tecnologias e o fim do bônus demográfico, que reduzirá o número de jovens entrando no mercado de trabalho, vão exigir maior e permanente qualificação do trabalhador.

O 1º vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou a importância de um planejamento que determine as prioridades de investimento. “É preciso ter um planejamento macro, que olhe sistemicamente todo o Estado”, disse. Para ele, se o investimento for pulverizado, nenhuma situação será resolvida. “Os recursos são limitados e devem ser aplicados adequadamente, com priorização e planejamento”, completou.

Estudo sobre a produtividade

Na reunião, foi apresentado o estudo sobre a produtividade brasileira, segundo o qual, o país vem perdendo sua competitividade. Conforme o levantamento, hoje a indústria nacional tem uma produtividade média de 31% em relação à norte-americana.

Um trabalhador brasileiro hoje tem a produtividade de 40% da de um coreano, enquanto que em 1960 eram necessários dois coreanos para produzir o mesmo de um brasileiro. Há uma necessidade de ampliar a produtividade do país, já que a estrutura demográfica está se alterando. Em 2000, o Brasil tinha um idoso para cada quatro crianças, mas em 2050 terá dois idosos para cada criança.

Crise política

Para o cientista político Carlos Melo, que participou da reunião, será uma “surpresa” se não ocorrer o impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Ele não vislumbra possibilidade de o governo reconstituir uma maioria no Congresso, que, em sua análise, está disposto a “entregar os anéis (Dilma) para manter os dedos”. Ele constata que o Brasil vive um período de “esgotamentos estruturais”, que engloba o modelo econômico (“populismo fiscal”), modelo político (“governabilidade fisiológica”, forma de financiamento de campanhas eleitorais, presidencialismo de coalisão, representação partidária) e crise de lideranças.

Melo teceu críticas à presidente Dilma, entre outros motivos, pela iniciativa de nomear seu antecessor Lula para o ministério e disse que o ex-presidente corre o risco de desmoralização. O cientista político também analisou o eventual governo Temer, constatando que, confirmando-se a sucessão, o novo governo teria a sombra da Lava Jato, com o risco de unificarem-se os movimentos de 13 e de 18 de março (atuais manifestantes contrários e favoráveis a Dilma Rousseff).

Sobre a operação Lava Jato, Melo disse que ela representa uma esperança e um risco. “Esperança de que alguma forma purifique, de algum modo, esse sistema, e o risco de que ao final e ao cabo pareça simplesmente uma operação para retirar a presidente Dilma”, disse Melo.

A continuidade da Lava Jato é, em sua opinião, uma das necessidades para que o Brasil promova a depuração política. Melo defendeu ainda a criação de uma constituinte exclusiva, com candidaturas avulsas e quarentena para os constituintes. Para ela, é imperioso evitar a escalada da crise, retomar o diálogo e pacificar o país. “Hoje quem tem um pouco de isenção e capacidade analítica apanha dos dois lados”, afirmou o cientista político.

Economia Comportamental

O consultor da Gallup, Brian Heap, ministrou palestra sobre os impactos da economia comportamental, do bem-estar e do engajamento nas corporações. Segundo ele, as empresas precisam atrair e reter as pessoas que fazem a diferença em inovação, empreendedorismo e novos negócios. Ele traçou um paralelo com o que ocorreu com a economia nas últimas três décadas.

Segundo ele, em 1990 havia uma perspectiva de que 25 anos depois as economias japonesa e alemã se equiparassem ou até mesmo superassem a dos Estados Unidos, na ordem de US$ 3 trilhões e US$ 4 trilhões. No entanto, o PIB americano disparou nesse período, chegando a US$ 16,8 trilhões. Conforme pesquisa da Gallup, essa diferença foi gerada por aproximadamente mil pessoas, de outras nacionalidades, que migraram para a América do Norte e aproveitaram as oportunidades que aquele país gerou.

Fonte: FIESC

 
 


somos afiliados: