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EM ENCONTRO COM TEMER, FIESC defende valorização do setor privado para retomada da economia

01 de fevereiro de 2016
EM ENCONTRO COM TEMER, FIESC defende valorização do setor privado para retomada da economia

Presidente da entidade entregou ao vice-presidente da República 15 propostas da indústria e disse que do governo o setor espera as condições para trabalhar, investir e gerar empregos.

Florianópolis, 28.1.2016 – “Nenhuma vez falamos em crise porque os industriais e empresários catarinenses, sem deixar de reconhecê-la, não perderam a capacidade nem o ânimo de enfrentá-la e superá-la com a força do seu trabalho, que é o melhor que nossos empresários e industriais tem a oferecer ao País.

Do governo pedimos apenas que nos assegure as condições para trabalhar, investir e gerar empregos”. Foi dessa forma que o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, encerrou seu discurso durante encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer, nesta quinta-feira (28), em Florianópolis, do qual também participaram empresários e parlamentares estaduais e federais.

Em seu discurso, Côrte disse que os empresários de Santa Catarina decidiram por não chorar e não desistir. “Decidiram lutar por um País melhor, íntegro e desenvolvido do qual nós e nossos filhos possamos sempre nos orgulhar”, completou, após apresentar as 15 ações prioritárias da indústria catarinense contempladas em um documento entregue ao vice-presidente da República.

São propostas nas áreas: política de desenvolvimento, ambiente institucional, produtividade, ajuste fiscal, política industrial, inovação, sistema tributário, inserção externa da indústria, relações trabalhistas e transporte e logística. Veja abaixo.

O presidente da FIESC salientou que Santa Catarina e sua indústria não ficaram livres, assim como a indústria nacional, dos impactos causados pela severa recessão que dominou a economia em 2015 e cujos efeitos se prolongarão com maior ou menor intensidade nos próximos anos.

“A face mais cruel dessa situação está representada pelos trabalhadores que perderam seus empregos no ano passado: pelo menos 1,5 milhão que se juntaram ao contingente de desempregados então já existente. No total são quase 10 milhões”, afirmou, lembrando que a pesquisa PNAD contínua, do IBGE, mostra que entre 2011 e 2015 o grupo demográfico mais afetado tem sido justamente o que precisa do emprego, ou seja, o chefe de família.

Em seu pronunciamento, Temer apoiou a flexibilização das leis trabalhistas, valorizando a negociação direta entre empregados e empregadores. “É preferível manter o emprego do que perder o emprego”, resumiu, defendendo agilidade. “Nós precisamos todos trabalhar para que não surja uma conflitância social”, afirmou.

Michel Temer negou que o Brasil passe por uma crise institucional. “O que nós temos é uma crise econômica, e alguma crise política”, afirmou o vice-presidente, que defendeu a “pacificação” e a unificação do País como fundamentais para a superação do atual momento. “O governo sozinho não faz nada. O governo só consegue fazer com a força motriz dos empreendedores, da iniciativa privada”, afirmou.

O documento da FIESC destaca que o novo ciclo de crescimento deve apoiar-se no investimento privado e nos ganhos de competitividade. É necessário recriar um ambiente econômico estimulante. Para isso, o setor público deve cooperar com o setor privado na conquista de uma posição mais competitiva para a indústria nacional.

Santa Catarina é a sexta maior economia do País. Participa com 4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e detém o sexto maior parque industrial do Brasil, correspondendo a 5,7% em termos de Valor de Transformação Industrial (VTI). É o quarto Estado em número de indústrias, o quinto em trabalhadores e o sétimo em arrecadação de tributos.

Resumo das propostas da indústria:

Política de desenvolvimento
Executar uma política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada, por meio de transferências de ativos, concessões e parcerias.

Ambiente institucional
Promover a formação de um ambiente institucional favorável ao empreendedorismo, aos investimentos e à competitividade.

Estado e governança
Aprimorar a governança do Poder Executivo com o objetivo de reduzir e melhor aplicar os dispêndios públicos, melhorar a segurança jurídica e priorizar a boa gestão do Estado, com foco na eficiência, celeridade decisória e de execução e na desburocratização.

Produtividade
As políticas públicas devem privilegiar o aumento da produtividade e da competitividade.

Ajuste fiscal
O aumento da carga tributária não é o caminho virtuoso para o ajuste. O aumento das receitas precisa vir da racionalização das despesas, eliminação de regras de crescimento automático de gastos e do crescimento da economia. O ajuste das contas públicas não pode provocar o desajuste das contas do setor privado.

Política Industrial
Aumentar o prazo de carência para os empréstimos contratados pela indústria junto ao sistema financeiro nacional e, em face da crise, autorizar a renegociação da postergação de sua amortização, utilizando como garantia os depósitos compulsórios.

Sistema tributário
Simplificar o sistema tributário e as exigências das obrigações acessórias.

Inserção externa da Indústria
Ampliar a inserção da indústria brasileira no comércio internacional, com maior abertura comercial e busca de acordos bilaterais de comércio em todas as economias relevantes – Estados Unidos, União Europeia e Ásia.

Relações trabalhistas
Promover a modernização e adequação das relações de trabalho à nova realidade produtiva e às exigências da competitividade, fortalecendo a negociação coletiva entre os sindicatos dos trabalhadores e dos empregadores.

Transporte e Logística
Implementar os eixos ferroviários: Corredor Ferroviário Catarinense (Leste-Oeste), Ferrovia Norte/Sul e Ferrovia Litorânea.

Ampliar a capacidade das BRs 280, 282, 470, 163 e 116, investir na adequação da BR 101 no sentido norte, manter e restaurar a BR 153, 158 e finalizar as obras do trecho da BR 285.

Portos
Adequar e manter as bacias de evolução e canais de acesso compatíveis para navios com 366 metros de comprimento, 52 metros de boca e 15,5 metros de calado operacional, em qualquer condição de tempo e maré.

Energia
Ampliar o Gasoduto Bolívia-Brasil e construir novos gasodutos de transporte – inclusão no Plano Decenal de Expansão da Malha de Transporte Dutoviário do Governo Federal – PEMAT.

Implantar política para o carvão mineral, visando incentivar a construção de usinas termelétricas movidas com este energético na Região Sul.

Meio ambiente
Conferir maior racionalidade à legislação ambiental, que atualmente conta com mais de 27 mil normas federais e estaduais de meio ambiente.

Fonte: FIESC

 
 


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