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Mais temas do 33º Encontro Econômico BRASIL – ALEMANHA

23 de setembro de 2015
Mais temas do 33º Encontro Econômico BRASIL – ALEMANHA

Acordo MERCOSUL-UE e negociação pelo fim da bitributação seguem na agenda pós-EEBA.

Cerimônia de encerramento do Encontro Econômico Brasil-Alemanha foi realizada nesta terça-feira (22), em Joinville. Em 2016, o evento será realizado no Estado alemão da Turíngia.

Confira a cobertura fotográfica completa no Flickr da FIESC

Joinville, 22.09.2015 – No encerramento da 33ª edição do Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA), o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, destacou que os resultados são significativos, mas que não se concluem com o fim do evento.

“Temos que avançar em dois pontos na parceria bilateral: na negociação do acordo entre União Europeia e Mercosul, com a liderança da Alemanha e do Brasil; e na retomada das negociações pelo fim da bitributação”, afirmou. Na cerimônia, realizada ao meio-dia desta terça-feira (22), em Joinville, foi lançado oficialmente a edição 2016, que terá como sede o Estado alemão da Turíngia.

Na tarde desta terça-feira estão sendo realizadas as visitas técnicas ao Porto de Itapoá, Institutos SENAI de Inovação em Laser e de Tecnologia em Sistemas de Manufatura, BMW, Siemens Healthcare e Perini Business Park.

Côrte também destacou as rodadas de negócios realizadas no EEBA, com cerca de 150 participantes. “Temos grande expectativa quanto aos resultados futuros desses encontros”, afirmou. O empresário alemão Knuth Baumgarter, da Micro-Hybrid, fabricante de sensores clínicos, disse que a rodada foi a oportunidade para iniciar a exportação seu produto para a América do Sul.

“Queremos e temos a esperança de criar uma empresa aqui. Essa é uma das razões de estarmos hoje no Brasil. Amanhã, por exemplo, temos cinco encontros com empresários em São Paulo”, contou Baumgarter.

Para Mark Rea, da Compuciclado, empresa catarinense pioneira na exportação de lixo eletrônico, o encontro permitiu iniciar novos negócios. “Enxerguei, realmente, uma chance de encontrar pessoas e empresas com quem eu pudesse ter uma articulação, um relacionamento e, eventualmente, prospectar novos negócios” concluiu.

Mobilidade: Ao longo do encontro foram realizados diversos fóruns. Os participantes do painel Mobilidade e Conectividade debateram as novas soluções de mobilidade que estão sendo implementadas nos grandes centros urbanos dos países europeus, gerando conforto e economia, além de reduzir a emissão de poluentes. No entanto, houve consenso que a adoção destas tecnologias no Brasil deve ser precedida por obras de infraestrutura e planejamento de longo prazo.

Para a vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Gleide Patrizi, é preciso pensar em planos que tenham continuidade independente dos ciclos políticos. Ela ressaltou que, mesmo com a crise atual, a perspectiva é que em cerca de 20 anos a quantidade de carros por habitante dobre no País. “Em São Paulo é mais complicado, mas nas cidades médias pelo Brasil ainda pode ser feito um planejamento”, defendeu.

Saúde: A telemedicina, modelo de atendimento a distância que auxilia o paciente em recuperação, deve crescer no Brasil nos próximos anos, reduzindo os custos com saúde e ampliando o atendimento nas áreas distantes dos grandes centros. O tema foi debatido durante fórum sobre saúde, no EEBA. O modelo, consolidado na Alemanha e em outros países, leva o especialista ao paciente, faz acompanhamento remoto da recuperação, reintegração dele após o tratamento, além de diagnósticos e terapias simples.

Para o neurologista alemão Bodo Kress, o uso da telemedicina pode reduzir o número de pessoas internadas nos hospitais. Em muitos casos, as pessoas podem fazer a reabilitação em casa, mas, pelo fato de não ter o acompanhamento diário, acabam internadas. Nestes casos, o atendimento a distância é uma alternativa ao paciente, com custo mais baixo, e maior comodidade.

NR 12: Para equacionar os problemas causados pela Norma Regulamentadora 12 (NR 12), a sugestão é adotar a normativa europeia, considerada uma das mais avançadas, claras e seguras do mundo, com definições sobre os deveres do fabricante e do usuário de máquinas.

A proposta foi defendida pelo diretor da Multivac, Michael Teschner, em workshop no EEBA. “Ninguém entende na Alemanha porque a máquina não atende as exigências do Brasil. O mundo tem que convergir para uma norma só. O custo do fabricante é absurdo. Por que não se copia o que é bom? Por que tem que inventar outro caminho totalmente confuso?”, perguntou ele.

A NR-12, editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), regulamenta o uso de máquinas e equipamentos e passou por mudanças que agregaram 300 novas exigências às 40 que já estavam em vigor. Michael explicou que as máquinas fabricadas pela empresa são de engenharia cem por cento alemã, vendidas em diversos países, mas não atendem a norma brasileira.

Infraestrutura: A busca por alternativas que aumentem a eficiência e elevem a competitividade do setor produtivo foi defendida de diversas formas pelos integrantes de um fórum sobre infraestrutura e energia, que também integrou a programação do Brasil-Alemanha.

Com mais de 8 mil usinas de biogás, a Alemanha lidera a produção de energia a partir desta fonte que é uma das principais alternativas às usinas nucleares. Hans-Dieter Beuthan, da Câmara Empresarial e Científica Brasil-Alemanha (AHK), destacou que as usinas de biogás no país europeu produzem quase 4 gigawatts de eletricidade. “Essa produção é o equivalente ao gerado por três usinas nucleares”, afirmou Beuthan. Em parceria com a SCGás, a Alemanha assinou protocolo de intenções para a realização de projetos na área de biogás.

O diretor-presidente da Transnordestina Logística, Ciro Gomes, destacou os projetos que vêm sendo realizados pela melhoria da infraestrutura no país, como a ferrovia que tem mais de 1,1 mil quilômetros de extensão e cortará o semiárido do nordeste.

O investimento é de R$ 11,2 bilhões com recursos totalmente nacionais, que ligará o sertão do Piauí aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. Ele lembrou ainda que a cabotagem deveria ser a principal matriz para o escoamento da produção. “Temos que investir mais em portos.

Se nossa população está no litoral, a produção (especialmente de minério de ferro e de grãos) está no interior”, lembrou Gomes, sugerindo a integração de diversos modais que liberte o setor produtivo das rodovias.

 

Investimento em infraestrutura e energia elevará a competitividade da indústria.

Painel do Encontro Econômico Brasil-Alemanha debateu alternativas às fontes hídricas de energia elétrica e às rodovias que já estão saturadas.

Joinville, 22.09.2015 – A busca por alternativas que aumentem a eficiência e elevem a competitividade do setor produtivo foi defendida de diversas formas pelos integrantes de um fórum sobre infraestrutura e energia, que integrou a programação do Encontro Econômico Brasil-Alemanha. Realizado nesta terça-feira (22), o debate contou com a participação de industriais brasileiros e alemães, além de especialistas da área.

Com mais de 8 mil usinas de biogás, a Alemanha lidera a produção de energia a partir desta fonte que é uma das principais alternativas às usinas nucleares. Hans-Dieter Beuthan, da Câmara Empresarial e Científica Brasil-Alemanha (AHK), destacou que as usinas de biogás no país europeu produzem quase 4 gigawatts de eletricidade.

“Essa produção é o equivalente ao gerado por três usinas nucleares”, afirmou Beuthan, que comparou a produção das usinas com as unidades instaladas em Angra dos Reis. Atualmente, operam as usinas Angra 1, com capacidade para geração de 640 megawatts elétricos, e Angra 2, de 1350 megawatts elétricos. A usina Angra 3 está prevista para gerar 1405 megawatts elétricos.

“Temos entraves do ponto de vista jurídico e de apoio financeiro. Precisamos de uma certificação da agência reguladora que desde janeiro deste ano permite produzir biogás a partir de resíduos agrícolas, mas não ainda do lixo urbano.

Temos investidores interessados em projetos com Santa Catarina que só podem ser realizados em partes”, lamenta Beuthan. “O potencial dos dois países favorecem cooperação neste sentido, com a troca de experiências. No entanto, a transferência de tecnologia precisa contemplar a formação dos profissionais que serão envolvidos com esse projeto”, alerta. Em parceria com a SCGás, a Alemanha assinou protocolo de intenções para a realização de projetos na área de biogás.

O diretor-presidente da Transnordestina Logística, Ciro Gomes, destacou os projetos que vêm sendo realizados pela melhoria da infraestrutura no país, como a ferrovia que tem mais de 1,1 mil quilômetros de extensão e cortará o semiárido do nordeste.

O investimento é de R$ 11,2 bilhões com recursos totalmente nacionais, que ligará o sertão do Piauí aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. Ele lembrou ainda que a cabotagem deveria ser a principal matriz para o escoamento da produção. “Temos que investir mais em portos. Se nossa população está no litoral, a produção (especialmente de minério de ferro e de grãos) está no interior”, lembrou Gomes, sugerindo a integração de diversos modais que liberte o setor produtivo das rodovias.

Sobre o atual cenário político-econômico do País, Gomes criticou a carga tributária elevada dos investimentos em infraestrutura e afirmou que os brasileiros têm uma agenda reativa às situações que ocorrem no País.

“Negamos a carga tributária, mas não propomos alternativas. Há margens para corrigir este problema. Temos uma matriz de infraestrutura que corresponde ao maior estoque de poupança de investimento que já existiu no mundo. Se conseguirmos resolver nossas questões, nos tornaremos um dos lugares mais interessantes para investir”, frisou.

O gerente-executivo de infraestrutura da CNI e moderador do fórum, Wagner Cardoso, citou importantes avanços em infraestrutura com a implantação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Cardoso destacou ainda o crescimento em diversos segmentos de infraestrutura, como o tráfego aéreo (10%) e o tráfego em rodovias pedagiadas (11%).

Para o vice-presidente de negócios internacionais da Camargo Corrêa, André Juliano, esse investimento deve ser ainda maior. Ele alertou que nos próximos meses o mercado de infraestrutura passará por um período muito desafiante, pois faltam recursos e governança de planejamento.

Além disso, investimentos internacionais dependem da estabilidade econômica e política. “O governo federal investe 1,47% do orçamento em obras públicas de infraestrutura, enquanto nações como Peru e Paraguai chegam a 11%.

O País é atrativo para investimentos nesta área”, afirmou, ao lembrar que diversos setores da economia continuarão a demandar o uso de água, energia, transporte de commodities até os portos, mobilidade urbana. Defendeu ainda a criação de um código de autorregulação do setor de infraestrutura.

Alexandre Siciliano, gerente do BNDES, revelou o aumento da busca por financiamentos de projetos que contemplam fontes alternativas para a geração de energia. Destacou ainda que a energia eólica vem ganhando vantagem competitiva e já representa 10% da matriz energética brasileira.

O banco financia até 70% dos projetos de energias renováveis. O presidente da Concremat, Mauro Viegas Neto, também defendeu a potencialidade do setor de energia. “Temos potencial de geração, transmissão e distribuição.

Além disso, o Brasil tem uma das maiores reservas de gás e temos projetos de uma usina térmica de 3 mil metros cúbicos a ser implantada no Sul do País”, adiantou Viegas Neto, que sugere a redução do custo brasil para tornar a indústria mais competitiva.

René Wlach, diretor regional da Hamburg Sud, falou sobre os investimentos da empresa na aquisição de 10 navios com capacidade de 9,7 mil TEUs (unidade equivalente a 20 pés).

Ele relatou ainda o bem-sucedido empreendimento realizado no Porto de Itapoá, com investimento superior a R$ 500 milhões. O porto já opera com a capacidade máxima e sua ampliação é analisada por empresas catarinenses com possibilidade de parceria com a Alemanha.

Fonte: FIESC

 
 


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