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FIESC E CELESC ATUARÃO EM CONJUNTO por tarifas de energia competitivas

14 de agosto de 2015
FIESC E CELESC ATUARÃO EM CONJUNTO por tarifas de energia competitivas

Em reunião da Câmara para Assuntos de Energia da FIESC, também foi debatido preço do gás natural.

Florianópolis, 13.8.2015 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e a Celesc devem intensificar a atuação conjunta para buscar tarifas de energia a preços mais competitivos. Em reunião da Câmara para Assuntos de Energia da Federação, realizada nesta quinta-feira (13), em Florianópolis, o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, destacou o elevado grau de interação entre as companhias, mas disse que os pequenos avanços conquistados são insuficientes para equiparar as tarifas à média nacional.

Ele ressaltou que a Federação e a distribuidora têm ido constantemente à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) debater, principalmente, distorções que impactam nas tarifas pagas pela indústria catarinense. Mudanças na área dependem de aprovação da Agência.

“Estamos olhando sempre a perspectiva do Estado, que tem uma indústria forte e diversificada e tem condições de atrair novos empreendimentos. No entanto, o preço da energia, a disponibilidade do insumo e as condições de abastecimento passaram a ser fundamentais para atrair novos investimentos”, afirmou Côrte.

O presidente da Câmara de Energia, Otmar Müller, lembrou que só nos últimos dois anos o reajuste das tarifas de energia elétrica já superou 100%. Aos participantes da reunião ele detalhou as principais ações realizadas junto ao Fórum Parlamentar Catarinense, Aneel, Ministério de Minas e Energia e Governo de Santa Catarina para buscar mais competitividade no preço do insumo.

Entre elas, a FIESC solicitou à Aneel a inclusão das indústrias eletrointensivas na MP 677, que prorroga até 2037 contratos de energia elétrica subsidiados (R$ 100/MWh) para empresas eletrointensivas do Nordeste.

Müller defendeu ainda a cobrança proporcional da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) entre as regiões do Brasil. Hoje, Sul, Sudeste e Centro-Oeste pagam 4,5 vezes mais que as regiões Norte e Nordeste. A CDE é um fundo setorial que financia projetos, entre eles o de universalização dos serviços de energia elétrica e subvenção aos consumidores de baixa renda.

O presidente da Celesc, Cleverson Siewert, destacou a importância da parceria, contudo, ressaltou a dificuldade de interferir no preço. Em seu pronunciamento ele falou do impacto das mudanças regulatórias ocorridas nos últimos três anos, “que desorganizaram o setor elétrico no Brasil”. “É impressionante administrar uma empresa que fatura R$ 10 bilhões e que eu não sei quanto será o caixa no mês que vem.

O setor está vivendo um momento de judicialização extrema. São liminares para todo o lado e eu não sei que receita terei. O setor vem passando por um momento delicado”, afirmou, destacando que também houve uma crise hídrica, que levou ao acionamento das usinas térmicas, o que encareceu o custo de produção da energia.

Segundo ele, outro fator que elevou o preço da energia nos últimos anos foi a nova política instituída pelo Ministério da Fazenda, que acabou com os subsídios e passou a cobrar dos consumidores o custo real de operação do sistema.

Cleverson disse ainda que há dificuldades para executar obras que já estão planejadas e orçadas em função de questões ambientais, que acabam atrasando a ampliação das redes de transmissão e a construção de novas subestações, por exemplo.

Gás natural: O presidente da SCGás, Cósme Polêse, apresentou os principais projetos de longo prazo que estão sendo estudados pela companhia para ampliar a oferta de gás natural a todo o Estado. Hoje, a capacidade de suprimento está limitada ao Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), que opera praticamente no limite.

Ele também falou sobre o contrato de fornecimento do gás com a Bolívia, que termina em 2019. Segundo ele, a negociação para a continuidade do fornecimento está em andamento e não deve haver interrupção. Existe a possibilidade de redução no volume importado, no entanto, estão sendo estudadas formas de compensar.

Polêse disse ainda que há perspectiva de redução no preço do gás no próximo ano, puxada pela queda no preço do petróleo no mercado internacional. A diminuição no preço do gás, no entanto, depende também das oscilações do dólar.

Fonte: FIESC

 
 


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