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POSSÍVEL ELEVAÇÃO DOS JUROS preocupa indústria de SC

03 de junho de 2015
POSSÍVEL ELEVAÇÃO DOS JUROS preocupa indústria de SC

Presidente da FIESC alerta que custo do dinheiro já retrai investimento e prejudica geração de emprego.

Florianópolis, 3.6.2015 – De Genebra, onde participa da conferência anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, defendeu que o Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central interrompa o ciclo de alta das taxas de juros. “O nível dos juros retrai os investimentos e prejudica a geração, principalmente, de emprego e renda pelas 50 mil indústrias de Santa Catarina”, disse.

Côrte lembrou que recentemente o IBGE divulgou o resultado do PIB do primeiro trimestre, com queda de 0,2% da atividade econômica, recuo na produção industrial, serviços, investimentos, consumo das famílias e do governo. “Qual a demanda que se quer inibir com o aumento dos juros?  O atual cenário já é suficientemente restritivo e não revela os perigos da inflação de demanda”, argumentou.

O presidente da FIESC também citou os gastos com juros da dívida pública, que aumentaram R$ 63 bilhões no ano passado. “É, praticamente, o superávit primário que o governo federal quer que a sociedade agora produza. Com a redução dos gastos públicos será possível reduzir a inflação e caminhar para o desenvolvimento sustentável”, afirmou.  “Ao contrário, aumentar a taxa de juros imputa um sacrifício desmedido para a sociedade brasileira. O País precisa, isso sim, de instrumentos que financiem os investimentos”, completou.

Côrte conversou sobre a questão com o diretor-geral da OIT, Guy Rider, nesta quarta-feira (3), ao lado do presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alexandre Furlan.

Um dos temas mais discutidos na conferência da OIT é o papel das pequenas empresas e o tratamento que deve ser dado a elas pela legislação. “As pequenas empresas brasileiras têm sido sistematicamente prejudicadas pelos custos que lhe são impostos pela legislação e por decisões governamentais que afetam o seu desempenho e prejudicam a sua competitividade. E os juros, que se encontram na iminência de serem novamente aumentados, são um exemplo disso” afirmou.

Côrte e Rider também falaram sobre questões relacionadas com o futuro do trabalho. O diretor-geral alertou para o desconhecimento ainda existente sobre como será o trabalho e as relações entre empregadores e trabalhadores no futuro. “As empresas – e, também, os empregados – precisam se antecipar e se preparar para situações novas, ainda não plenamente conhecidas”, disse.

Fonte: FIESC

 
 


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