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ECONOMIA LENTA afetará Negociação do Mínimo Regional, diz FIESC

02 de dezembro de 2014
ECONOMIA LENTA afetará Negociação do Mínimo Regional, diz FIESC

Entidade avalia que empregadores terão dificuldade de ir além da reposição da inflação sob pena de comprometer a geração futura de postos de trabalho.

Florianópolis, 1.12.2014 – As negociações para calcular o índice que será aplicado para atualizar os valores das quatro faixas do mínimo regional de Santa Catarina serão afetadas pela conjuntura econômica adversa, avalia a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).

Durante as negociações realizadas nesta segunda-feira (1º de dezembro), na sede da entidade, em Florianópolis, o setor empresarial, representado também pelas entidades do comércio, da agricultura, dos transportes e hospitais, defendeu que os valores sejam atualizados com base na inflação (INPC), pois aumentos reais em um ambiente de retração da produção e das vendas resultariam em menor dinamismo na criação de novos postos de trabalho, fenômeno que já ocorre em Santa Catarina. Como a proposta não foi aceita pelos trabalhadores, foi marcada uma nova rodada de negociações para o dia 16 de dezembro.

Conforme o presidente da Câmara de Relações Trabalhistas da FIESC, Durval Marcatto Júnior, o desafio da negociação é conciliar, dentro das quatro faixas salariais previstas na lei, toda a diversidade regional e setorial, com suas peculiaridades. “Há uma distância grande entre a proposta colocada pelos representantes dos trabalhadores em relação àquilo que a classe empresarial considera possível e viável nesse momento de baixo crescimento do PIB e endividamento das famílias”, disse.

“A atualização precisa levar em consideração esse cenário e por isso colocamos para reflexão que o ideal é que o índice seja o da inflação”, acrescentou, lembrando que cada ano de negociação tem suas peculiaridades.

No ano passado, no período de janeiro a outubro, a indústria de transformação catarinense criou  38,7 mil  novos postos de trabalho, enquanto em 2014 foram gerados 26,8 mil, uma redução de 30% no número de novas vagas. No caso do comércio, foram gerados 10 mil novos empregos de janeiro a outubro de 2013, enquanto neste ano foram 5,9 mil, o que corresponde a uma queda de 41%. No setor de serviços o total de empregos gerados no ano passado foi de 33,5 mil e neste ano 30,2 mil, variação negativa 10%. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego.

O setor industrial do Estado também acumula queda nos índices de produção e de vendas. Neste ano, até setembro, a indústria de transformação registra recuo da produção física de 1,9% na comparação com o acumulado entre janeiro e setembro de 2013. No mesmo período, as horas pagas caíram 1,1%, percentual inferior à queda da produção.

Isso significa que houve queda da produtividade, o que também afeta a competitividade das indústrias, que enfrentam forte concorrência internacional. O setor está há seis meses consecutivos (abril a setembro) com queda de produção física e horas pagas em relação aos mesmos meses do ano passado.

Dados do IBGE mostram que a folha de pagamento está pesando mais na planilha de custos da indústria de Santa Catarina. O índice de pessoal ocupado assalariado apresentou queda de 0,7% no acumulado até setembro em relação ao mesmo período de 2013 e a remuneração média real do trabalhador da indústria, calculada pelo indicador de folha de pagamento real por trabalhador, cresceu 2,5%.

O impacto deste aumento de remuneração superior ao crescimento da produtividade resultou em elevação de 3,4% do custo unitário do trabalho, medido pela razão entre a folha de pagamento real por trabalhador e a produtividade. Os dados mostram que a indústria vem concedendo ganhos reais nos dissídios, e estes sim, garantem flexibilidade e liberdade nas relações trabalhistas, na medida que cada categoria negocia de acordo com as sua realidade, avalia a FIESC.

Fonte: FIESC

 
 


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