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O que o NORDESTE tem

26 de agosto de 2013
O que o NORDESTE tem

Região está nos planos de expansão de grandes indústrias do Norte

Se a natureza castiga os nordestinos com a pior seca dos últimos 50 anos, a população tem bons motivos para comemorar quando o assunto é economia. A região vive o seu melhor momento, e as transformações que acontecem por lá já refletem na economia daqui.

Várias empresas catarinenses realizam investimentos no Nordeste, algumas pela primeira vez, como a Krona Tubos e Conexões, de Joinville; Oxford Porcelanas, de São Bento do Sul; e Portobello, de Tijucas. A Tigre está lá há muito tempo, mas reforça a presença.

Não se trata de transferência de linhas produtivas. O Nordeste foi incluído no plano de expansão dos negócios.

As transformações começaram há cerca de uma década, explica o diretor de desenvolvimento sustentável do Banco do Nordeste, Stelio Gama, e têm como ponto de partida as políticas sociais do governo, como o reajuste do salário mínimo e o Bolsa-Família.

Com maior poder aquisitivo, a população foi às compras e, segundo Gama, transformou um mercado potencial em um mercado real, desencadeando a necessidade de investimentos. Além de receber novas empresas, existem muitas obras ligadas à infraestrutura na região.

Os números mostram o resultado. Dados do Banco do Nordeste mostram que, em 2012, o conjunto de riquezas da região cresceu 1,4%, índice superior ao crescimento do PIB do Brasil, que foi de 0,9%. O PIB per capita do Nordeste também merece destaque. Ele correspondia a 44% do PIB brasileiro na virada do século e, em 2010, alcançou 48,4%.

Gama reconhece que os desafios ainda são enormes, mas não tem dúvidas de que o Nordeste não vai parar. Analistas indicam que o consumo no Brasil vai dobrar até 2020 e o Nordeste será a região de maior crescimento: sua participação no consumo brasileiro passará de 18%, em 2010, para 21% em 2020.

O Nordeste poderia se tornar, no futuro, a base industrial de fornecimento para todo o Brasil? O professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Eaesp), Gustavo Andrey Fernandes, diz que não.

Segundo ele, quando o tipo de atividade exige mão de obra intensiva e de baixo custo, o Nordeste pode ser escolhido como base fabril. Já um fluxo expressivo de indústrias para região não ocorrerá, diz ele, pela ausência de mão de obra especializada e pela distância dos grandes centros do País, o que eleva os custos logísticos.

Fonte: A Notícia – Negócios & Cia.

 
 


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