1.  
  2.  
  3.  
  4.  
  5.  
  6.  
  7.  
  8.  
  9.  
  10.  
  11.  
  12.  
  13.  
  14.  
  15.  
  16.  
  17.  
  18.  
  19.  
  20.  

A Reciclagem como Negócio

19 de dezembro de 2011
A Reciclagem como Negócio


A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) criou o comitê estratégico de logística reversa. O objetivo é orientar a indústria a atuar adequadamente no contexto dos negócios de reciclagem. A atividade ainda engatinha e precisa se profissionalizar. O governo deveria subsidiar as empresas de reciclagem. Por enquanto, só favorece as associações de catadores. A argumentação é do empresário Albano Schmidt, coordenador do comitê.

Perfil

Albano Schmidt, empresário, 49 anos, casado, tem dois filhos. É presidente da Termotécnica, com matriz em Joinville e sete unidades espalhadas pelo Brasil. Também dirige o Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Santa Catarina. É diretor da Fiesc e da Associação Brasileira da Indústria Plástica (Abiplast). Em seu tempo de folga, pratica esportes.

Logística reversa

Albano assumiu o comando do recém-criado comitê de logística reversa, da Fiesc, que trata das políticas de reciclagem. Com a criação da política nacional de resíduos sólidos pelo governo federal, o tema passou a ser amplamente debatido na federação. É preciso avaliar o impacto disso no contexto de cada segmento econômico. É fundamental que as empresas criem suas práticas e os municípios se estruturem para fazer todo o trabalho de coleta seletiva.

Cooperativismo

“Santa Catarina tem uma realidade peculiar, própria, específica. O Estado tem distribuição geográfica mais espalhada, não há megalópoles. Por aqui, é forte a cultura do cooperativismo e isto é uma solução local bem interessante. Na Fiesc, há o ambiente devidamente estruturado para surgirem ideias e alternativas de interesse das empresas e da sociedade.”

Meio ambiente

“A sociedade tem mudando nos últimos 20 anos frente a fatores como poluição ambiental. Temos de exigir que se defenda o meio ambiente. Com a regulamentação da legislação, cria-se um novo segmento de negócios – o da reciclagem – ainda muito incipiente no Brasil. As soluções ainda são muito amadoras, falta seriedade. Estamos só no início de um processo.”

Segmentos

Percebemos que o modelo deve se disseminar por todas as áreas de negócios em suas variadas cadeias produtivas. Destaco alguns setores, onde os resíduos são mais nítidos. São os casos de indústria de eletroeletrônicos, lâmpadas, pilhas, pneus, embalagens tóxicas. Entendo que isto deve se resolver, equacionar-se em curto espaço de tempo. Em um segundo momento, a reciclagem deve se estender naturalmente, para o conjunto das atividades empresariais. É imperativo. O tema já é largamente debatido nos fóruns mais distintos. Entre empresas, na Fiesp (e agora, na Fiesc), no meio político, em Brasília, no Congresso.

Profissionalismo

O governo federal tem dado ênfase às cooperativas de catadores, que são informais. Fazem parte da solução na política de resíduos recicláveis domésticos, mas tem de haver profissionalismo. Nos próximos anos, a indústria de reciclagem terá de se profissionalizar e ganhar em produtividade. Com a economia aquecida, os catadores tendem a ir para a construção civil.

Subsídios

“Há recursos disponíveis a juros subsidiados direcionados às cooperativas. O problema é que a maioria delas não passa da primeira página do cadastro porque não consegue demonstrar garantias reais para o financiamento. Então, não estão preparadas para receber empréstimos. As empresas de reciclagem deveriam ter acesso a estes subsídios. Isto é necessário para viabilizar o crescimento e fomentar o negócio. De 30% a 40% do lixo urbano pode ser reciclado.”

OBRIGATÓRIO
Fazer reciclagem, cuidar do meio ambiente deixou de ser diferencial competitivo. A sociedade não aceita mais quem não faz ou pratica sustentabilidade.

LEGISLAÇÕES
As legislações serão cada vez mais sérias e exigentes. Com razão. Vamos a indústria nos ajustar, sim, Mas ao longo do tempo. Não há como fazer tudo muito rapidamente.

ATERROS
O aterro sanitário de Joinville está com sua vida útil acabando. A população tem de acreditar na destinação correta dos resíduos. Criar um aterro na mesorregião que vai de Barra Velha até Jaraguá do Sul é uma boa alternativa.

VOLUME
A Temotécnica recicla 500 toneladas por mês só de eps (isopor), o que significa 30 carretas cheias de produto para reciclar por dia.

Fonte: AN – Livre Mercado – Cláudio Loetz

 

 
 


somos afiliados: