1.  
  2.  
  3.  
  4.  
  5.  
  6.  
  7.  
  8.  
  9.  
  10.  
  11.  
  12.  
  13.  
  14.  
  15.  
  16.  
  17.  
  18.  
  19.  
  20.  

ALTA NO GÁS NATURAL anunciada pela Petrobras põe indústria de SC em alerta

07 de abril de 2021
ALTA NO GÁS NATURAL anunciada pela Petrobras põe indústria de SC em alerta

Reajuste passa a valer em 1° de maio. Insumo já teve alta de 31% em janeiro. Novo aumento nos percentuais anunciados pela estatal (39%) não está contemplado no planejamento das empresas, avalia a FIESC.

Florianópolis, 6.4.2021 – A partir do dia 1º de maio, os preços de venda de gás natural para as distribuidoras estarão 39% mais caros na comparação com o último trimestre. O anúncio foi feito pela Petrobras, nesta segunda-feira, dia 5.

O presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, diz que a alta preocupa a indústria catarinense, que já teve um reajuste de 31% em janeiro na tarifa do insumo.

Em Santa Catarina, estima-se que o reajuste para a indústria seja da ordem de 30% porque o preço final do gás ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da petroleira, mas depende também das margens das distribuidoras nos estados. O valor que será repassado à indústria depende de deliberação da Aresc, a agência reguladora do estado.

O presidente da Câmara de Assuntos de Energia da FIESC, Otmar Muller, lembra que atualmente a Petrobras é a única fornecedora de gás no Brasil. “A estimativa é que o insumo vai ficar em torno de 30% mais caro para o setor a partir de maio.

Mas precisamos lembrar que em janeiro já tivemos um aumento de 31% na tarifa do gás em Santa Catarina. Nenhuma empresa faz seu planejamento anual contabilizando uma alta tão expressiva num insumo que é essencial e que, em muitos setores, chega a representar 25% do custo de produção. Um reajuste nessas proporções põe a indústria em alerta”, afirmou Muller.

Muller disse ainda que este fato reitera a necessidade de urgência na promulgação da lei do Novo Mercado do Gás, aprovada no Congresso Nacional em março. “Além disso, também é preciso velocidade no trabalho regulatório da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para que possamos progredir no estabelecimento de um mercado concorrencial, sem monopólios e tantas travas contratuais que os protegem”, completou.

De acordo com o anúncio da Petrobras, a variação é resultado “da aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio”. As atualizações dos preços dos contratos são trimestrais e com relação aos meses de maio, junho e julho, a referência adotada são os preços dos meses de janeiro, fevereiro e março.

“Durante esse período, o petróleo teve alta de 38%, seguindo a tendência de alta das commodities globais. Além disso, os preços domésticos das commodities tiveram alta devido à desvalorização do real”, informou a petroleira em nota.

O repasse dos custos incorridos pela companhia para o transporte do produto até o ponto de entrega às distribuidoras também influencia os preços do gás natural da Petrobras. Esses custos são definidos por tarifas reguladas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Esta parcela do preço é atualizada anualmente no mês de maio pelo IGP-M, que, para o período de aferição (março de 2020 a março de 2021), registrou alta de 31%”.

Fonte: FIESC

 
 


somos afiliados: