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PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA encolhe 1,6% no primeiro semestre de 2019

01 de agosto de 2019
PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA encolhe 1,6% no primeiro semestre de 2019

Resultado reflete impactos negativos na indústria extrativa do acidente ocorrido na unidade da Vale em Brumadinho.

A produção industrial brasileira encolheu 1,6% nos seis primeiros meses deste ano. Essa queda é explicada, principalmente, pelos efeitos negativos do acidente da Vale em Brumadinho , em janeiro, sobre a indústria extrativa. Esse segmento encolheu 13,7% no período, devido a uma menor extração de minério de ferro.

Segundo o IBGE, se fosse eliminado esse resultado negativo do segmento extrativo, a indústria, como um todo, teria leve expansão de 0,2% no primeiro semestre, em vez de queda de 1,6%.

– O primeiro semestre de 2018, mesmo com o efeito da greve dos caminhoneiros, foi positivo para a indústria. Mas, depois disso, a produção vem desacelerando. Ela ficou estável no segundo semestre do ano passado e, agora, negativa nos primeiros seis meses de 2019 – explicou André Macedo, gerente de Produção Industrial do IBGE.

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Em relação a maio, a produção industrial encolheu 0,6% em junho. Na comparação com junho do ano passado, quando houve a greve dos caminhoneiros, a produção retraiu 5,9% e, em 12 meses, o setor acumula queda de 0,8%.

No semestre, as contribuições negativas para o resultado geral da indústria também vieram do encolhimento de 6,6% da produção de equipamentos eletrônicos, da queda de 10,4% de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, e de outros equipamentos de transportes, segmento que caiu 11,2%.

Quando observados os grandes grupos da indústria, no primeiro semestre do ano, bens intermediários, que diz respeito à produção de matérias-primas, encolheu 2,7%, em razão da menor produção de minério de ferro. Mais um efeito tragédia em Brumadinho.

Segundo Macedo, também pesou negativamente nesse grupo uma menor produção de alimentos.

Desempenho positivo

Os outros três grupos tiveram resultados positivos. Bens de consumo semiduráveis, que reflete diretamente o consumo diário das famílias teve leve alta de 0,1%. Bens de capital, que reflete investimentos, cresceu 0,9%. E bens de consumo duráveis expandiu 1,8% nos primeiros seis meses do ano, puxada por um maior consumo interno de automóveis e eletrodomésticos da linha branca.

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Segundo analistas, mesmo com a possível reversão em consumo com oos R$ 30 bilhões que devem ser sacados de contas de FGTS e PIS/Pasep neste ano, o setor deve encerrar 2019 no vermelho.

No cálculo da Tendências Consultoria Integrada, a queda deve ser de 0,3% neste ano. O mais recente Boletim Focus, do Banco Central, prevê alta de 0,5%.

CNI apresenta dados do setor

Nesta quinta-feira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) também divulgou dados sobre o desempenho do setor no primeiro semestre do ano. O faturamento do setor teve queda de 1%, as horas trabalhadas na produção ficaram estáveis e  o emprego teve leve queda de 0,1%, em relação aos primeiros seis meses de 2018. O uso da capacidade instalada ficou praticamente estável.

– A indústria encerra o semestre sem avanços em termos de atividade e emprego. Fica evidente que, além das medidas estruturantes, de longo prazo, necessárias para um novo ciclo de crescimento, também são urgentes e críticas medidas de curto prazo para estimular a economia. A redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic foi um fundamental primeiro passo nesse sentido. Há espaço para novas quedas. Adicionalmente, medidas que facilitem e reduzam o custo do financiamento também seriam muito importantes – afirma o economista da CNI, Marcelo Azevedo.

Fonte: O Globo

 
 


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